Recomeços

Arquivo: 07 de novembro 2016

Adoro domingo. Sou do tipo de pessoa que concorda com o fato da semana iniciar-se por ele. Raramente chove e, embora a minha família não seja assim, traz o sinônimo de união. É o melhor dia para um recomeço.

Afinal, quantos recomeços a gente vive por ano? Já parou pra pensar nisso? Não sei você, mas quatro vezes por mês eu me despeço dos meus sábados na certeza de que no dia seguinte vou poder me renovar, vou poder reforçar meus laços de afeto, refazer os desfeitos, vou ter mais uma chance de ser melhor.

Porém, existe um porém. Nenhum restart é deixado à deriva, como se a onda e a força da correnteza fossem trazê-lo naturalmente de volta à praia. Nenhum restart é natural, são forçados por términos de relacionamentos, términos de amizade, morte, enfim, alterações repentinas e desagradáveis.

Tão forte quanto vêm, precisam ser encarados. Então, seja forte. Não adianta seguir em frente na mesmice achando que tá recomeçando. Pra mim sempre foi desse jeito, como já disse aqui: mudanças não valem quando não são drásticas.

Neste domingo, me sento na minha escrivaninha, me forço a escrever e me esforço para não prender o choro. Dessa vez eu vou deixar o orgulho de lado, não vou precisar de bloqueios (emocionais ou no WhatsApp, para os que me decepcionaram um dia), porque por dentro estarei plena.

Vou despertar na segunda com meu yoga, vou trocar a cama de lugar e vou comprar uma tinta de cabelo. Fica a dica para os que acreditam que a semana inicia-se na segunda. Esse é mais um dos meus recomeços, qual o seu?

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